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Acervo RR
Em meio a s incertezas que cercam o estado de saúde de Hugo Chávez, os governos do Brasil e da Venezuela vêm mantendo tratativas para uma parceria na produção de álcool e açúcar. As conversas têm sido conduzidas pelo Ministério de Minas e Energia, pela Casa Civil e pelo Itamaraty. A ideia é que o projeto seja capitaneado pela Petrobras e pela PDVSA. As negociações envolvem a construção conjunta de usinas nos dois países, além da instalação de um terminal portuário na Região Nordeste, voltado a exportação de etanol para a Europa, e outro na Venezuela, de onde o combustível será distribuído para a América Central e o Caribe. O investimento deve girar em torno dos US$ 400 milhões. Além de ser impulsionado pelas relações umbilicais com a Venezuela, o governo brasileiro tem motivações de ordem geoeconômica para entrar no projeto. A associação dará a Petrobras Biocombustível uma inserção no mercado latino-americano, mais especificamente na América Central. Tudo, muito bom, tudo muito bem, mas o projeto tem seus senões. Entre a própria diretoria da Petrobras, não falta quem olhe para a empreitada com indisfarçável descrédito. A razão é a participação da PDVSA, sempre uma caixinha de surpresas. A empresa está em baixa na estatal brasileira por conta dos sucessivos adiamentos dos aportes para a construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco.
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