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Acervo RR
O empresário David Neeleman tem sido visto com crescente antipatia dentro do BNDES e, por extensão, no próprio governo. O motivo são as constantes encomendas de aeronaves feitas pela Azul no exterior. A ideia do governo de apoiar a empresa, por meio da agência de fomento, e, desta forma, criar mercado interno para a Embraer está se desmanchando no ar. Neeleman está longe de ser o dínamo para a fabricante de São José dos Campos idealizado pelo BNDES. Desde 2009, quando recebeu do banco um financiamento de R$ 254 milhões para adquirir quatro aeronaves da Embraer, a Azul praticamente passou ao largo de São José dos Campos em seus planos de expansão. O desvio de rota da Azul vai além de uma mera questão de livre arbítrio comercial. Tem impacto direto sobre o próprio IPO da companhia aérea, previsto para 2012. No início do ano, Neeleman chegou a manter tratativas preliminares com o BNDES para que o banco participasse da emissão de ações e comprasse parte do capital de sua empresa. Esta possibilidade, no entanto, vem perdendo altitude. No momento, a darling da Azul é a fabricante italiana ATR, uma associação entre a EADS e a Alenia. No ano passado, a companhia brasileira encomendou 20 aviões de transporte regional do modelo 72-600. Fechou ainda uma opção de compra de outras 20 aeronaves. No total, o pacote passa de US$ 1 bilhão
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