Buscar
Acervo RR
Carlos Jereissati tem um problema chamado Rio de Janeiro. O Grupo Iguatemi elegeu como prioridade equacionar sua trôpega presença no segundo maior mercado de shopping centers do Brasil ? hoje dominado por concorrentes como BR Malls, Brookfield, Aliansce e Multiplan, donas de alguns dos principais empreendimentos da cidade. Jereissati está em busca de ativos no Rio. Um dos alvos é o Cittá America, na Barra da Tijuca, administrado pela CGMalls. A negociação, no entanto, é complexa. Trata- se de uma operação atípica para os moldes do setor. As lojas não pertencem ao shopping, mas a dezenas de diferentes proprietários. Ou seja: para comprar o Cittá América, o Iguatemi terá de mergulhar em inúmeras conversas paralelas. É difícil, mas, como se sabe, Jereissati é um trator. Além de aquisições, o Iguatemi pretende abrir um shopping próprio no Rio de Janeiro. O investimento deve chegar a R$ 200 milhões. O grupo vem rastreando alguns terrenos na própria Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Jereissati tem pressa. Planeja inaugurar o novo centro de compras em 2013. A intenção é instalar um empreendimento voltado a classe A, que concorrerá diretamente com o VillageMall, shopping de alto luxo que está sendo construído pela Multiplan, de José Isaac Perez, também Barra da Tijuca. A operação do Iguatemi no Rio de Janeiro não acompanha a sofisticação do grupo em outras regiões. Sua presença está restrita a um único shopping, em Vila Isabel, na Zona Norte. Trata-se de uma área de poder aquisitivo menor se comparada aos bairros onde estão instalados os principais centros comerciais da cidade. Há alguns anos, o grupo teve de repaginar todo o shopping, adequando-o ao perfil do público local. O Iguatemi Rio, que em nada lembra seu primo rico de São Paulo, é um dos negócios menos rentáveis de Carlos Jereissati no setor. Em 2009, sua receita anual por metro quadrado de área locável foi de aproximadamente R$ 731. A média do grupo foi de R$ 1.031
Todos os direitos reservados 1966-2024.