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Edir Macedo leva a maior fé no setor de telefonia

  • 11/05/2011
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Quem quiser -falar- com Deus poderá usar o celular de Edir Macedo. O híbrido de líder religioso e empresário prepara um projeto arrasa quarteirão para entrar no mercado de telefonia móvel. A investida passa pela criação de uma operadora virtual, a partir da resolução aprovada pela Anatel em novembro do ano passado. A medida abriu a porteira para que empresas de diversos setores ofereçam serviços de telefonia valendo- se do aluguel das redes das grandes companhias do setor, leia-se Vivo, Oi, Claro e Telefônica. Macedo ainda estuda em qual das suas empresas o novo negócio ficará pendurado. A possibilidade mais forte é usar a própria Rede Record. Outra hipótese sobre a mesa é que a operadora seja vinculada ao Banco Renner, do qual Macedo tem 40% do capital. Neste caso, no entanto, ele teria de dividir os bônus com a família Renner, acionista controladora da instituição financeira. Pela decisão da Anatel, as operadoras virtuais só podem ser criadas por empresas do setor comercial ou financeiro, o que, para todos os efeitos, não é o caso da Igreja Universal. Mas é de olho em seus fiéis que Macedo pretende mergulhar na nova investida. O bispo/empresário olha para os seus milhões de seguidores em todo Brasil e enxerga em cada um deles um potencial usuário dos serviços de telefonia. A Igreja Universal seria um potencial canal de vendas, maior do que muita rede de atendimento bancário. São mais de cinco mil templos em todo o país e uma legião de mais de 13 milhões de fieis. Macedo terá ainda a seu dispor o canhão da Rede Record, seja para a veiculação de comerciais sobre a nova operadora, seja na distribuição de conteúdo. Além dos serviços tradicionais de telefonia, a oferta de programas da emissora, notadamente os de caráter religioso, seria um dos grandes apelos comerciais da empresa. A Anatel calcula que, em até três anos, de 20% a 30% do mercado de telefonia poderão estar nas mãos de operadoras virtuais. Noves fora o número aparentemente inflado, o fato é que diversas empresas já manifestaram interesse em oferecer serviços de telefonia. A seguradora Porto Seguro fechou uma parceria com a TIM. Redes varejistas, como Carrefour e Pão de Açúcar, e grandes bancos, a começar pelo BB e pela Caixa Econômica Federal, sinalizaram a disposição de criar suas próprias operadoras com o objetivo de aproveitar sua vasta capilaridade de vendas e seu elevado número de clientes.

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