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Lácteos Brasil tira seu passaporte internacional

  • 23/03/2011
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Do laboratório de alquimias do BNDES está prestes a sair um novo projeto com o objetivo de criar a primeira multinacional da área de laticínios de origem brasileira. O passo inicial já foi dado com a formação da Lácteos Brasil, resultado da fusão entre a Monticiano, leia-se GP Investimentos, e a gaúcha Bom Gosto. Na condição de acionista da companhia, com 30,2% do capital, o banco está disposto a financiar a compra de ativos no exterior e, a partir daí, formar uma holding com operações em diversos países, a começar pelo Mercosul. Em duas recentes reuniões entre os dirigentes da companhia e os representantes do BNDES, o nome mais falado foi o da SanCor, uma das maiores produtoras de laticínios da Argentina. A aquisição transformaria a Lácteos Brasil em uma das maiores fabricantes de leite e derivados do país vizinho. Logo na partida, a empresa assumiria quase um terço do mercado local. Herdaria ainda 16 fábricas e um faturamento anual próximo de US$ 1 bilhão. O grupo brasileiro passaria a ser uma holding com quase 50 unidades fabris nos dois países e um faturamento total de US$ 2,5 bilhões. Na visão do BNDES e dos demais acionistas da Lácteos Brasil, a compra da SanCor daria musculatura para uma posterior operação-arrastão na Argentina, ou seja, a compra de fabricantes de pequeno e médio portes. A partir daí, a Lácteos do Brasil iria em busca de outros mercados. Estão no alvo Chile, México e, até mesmo, os Estados Unidos.

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