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Acervo RR
A contratação do BTG Pactual e do UBS como advisers da venda da Tempo Assist custou o cargo do presidente da empresa, Carlos Formigari. O executivo deixou o posto após sérios desentendimentos com os dois bancos e com a própria GP Investimentos, controladora da empresa de planos de saúde e odontológicos. Por trás da sua saída e dos atritos está a conturbada operação de venda da Tempo, que se tornou um samba do crioulo doido. UBS, BTG Pactual e Formigari bateram cabeça com cabeça quanto ao modelo e aos valores da venda da companhia. A situação chegou a tal ponto, que, em certo momento, o executivo ficou completamente alijado das negociações por determinação da própria GP. É de se estranhar que profissionais deste gabarito, acostumados a vender empresas de olho fechado, sejam protagonistas de um imbroglio como este. O episódio causou profunda irritação entre os executivos da GP. Os atritos entre BTG Pactual e UBS, se não inviabilizaram, ao menos postergaram a venda da companhia, operação que a GP esperava concluir em dezembro. Até porque não faltavam candidatos a compra da operadora de planos de saúde. Amil e Mapfre Seguros apresentaram propostas pela Tempo. Qualicorp e SulAmérica também chegaram a estudar a aquisição da empresa. No entanto, os desencontros entre BTG e UBS afastaram os pretendentes. Entre os candidatos, Edson Bueno, da Amil, foi um dos que mais ficaram exacerbados com a bagunça, que o levou a retirar a proposta pela Tempo.
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