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Dedini e Sermatec se juntam nos canaviais

  • 12/01/2011
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A Dedini, líder nacional na produção de equipamentos para a indústria sucroalcooleira, estaria em negociações para uma fusão com a Sermatec, empresa pertencente a  família Biagi. A operação daria origem a uma empresa com faturamento anual superior a R$ 1,7 bilhão e mais de 60% de participação no setor. Se o Cade permitirá esta hiperglicemia de market share, são outros quinhentos, mas a negociação tem um aliado importante. Conta com o apoio do BNDES, credor das duas companhias. O banco enxerga na fusão uma possibilidade de proteger a indústria de base para o setor sucroalcooleiro. No governo, há uma preocupação de que a invasão de capital estrangeiro na produção de etanol se replique também na área industrial, com uma evasão de encomendas para empresas internacionais. A crise global em 2008 e o carry over da queda nos preços do açúcar e do álcool nos últimos dois anos ainda pesam sobre os ombros tanto da Dedini quanto da Sermatec. Nesse período, em média, a carteira de encomendas das duas empresas caiu quase 30%. A Sermatec ainda tem um problema particular. Com a venda das principais usinas da família Biagi, a empresa perdeu um mercado cativo para o fornecimento de equipamentos. Na nova companhia, inclusive, o clã deverá ter uma participação minoritária em razão do menor porte da Sermatec.

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