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Acervo RR
O laboratório Aché saiu em busca de um medicamento para a dor de cotovelo causada pela perda do Mantecorp, comprado pela Hypermarcas. Aquisição frustrada só se cura com aquisição fechada. Seguindo este receituário, as famílias Depieri, Syaulis e Baptista já têm um novo ativo em vista. Trata-se do Blau, antigo Blausiegel, laboratório pertencente ao empresário Marcelo Hahn. Mais uma vez, a Aché não está sozinha no páreo. A Pfizer, que recentemente comprou 40% da Teuto, também tem interesse na compra do Blau. Trata-se de um antigo objeto de cobiça dos norte-americanos, que teriam mantido conversações com Marcelo Hahn no primeiro semestre do ano passado, antes, portanto, da associação com a Teuto. As famílias Depieri, Syaulis e Baptista correm contra o relógio. Sua maior preocupação é evitar que o Aché fique para trás no processo de consolidação do setor. Ressalte-se que, em determinado momento, a empresa chegou a ser a preferida do BNDES para encabeçar o projeto de criação de um grande laboratório de controle nacional, mas, nos últimos meses, teria perdido este status para a Hypermarcas. Além de significar uma resposta ao mercado, a compra do Blau permitiria ao Aché avançar no segmento de medicamentos biotecnológicos. Outro importante ativo do laboratório é a sua linha de preservativos, na qual se destacam as marcas Olla e Jontex. Com a aquisição, o Aché herdaria ainda uma receita anual em torno de R$ 300 milhões.
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