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Acervo RR
No que talvez seja a reta final da gestão de José Sergio Gabrielli ? ou não, como diria Caetano ?, a Petrobras costura o que pode vir a ser uma de suas principais parcerias no pré-sal. Do outro lado da mesa estão os indianos da Reliance. As conversas envolvem a formação de um consórcio para a exploração de blocos na nova camada, notadamente nas Bacias de Santos e de Campos. Um terceiro elemento deverá ingressar na operação: a também indiana Oil & Natural Gas, de controle estatal. Um grupo de executivos da Petrobras deverá ir a Mumbai, sede da Reliance, para negociações que passam também por investimentos conjuntos na africa. Para a Petrobras, a parceria surge como bem-vinda dada a necessidade cada vez maior da estatal de buscar financiamento para fazer frente aos investimentos já programados ? o plano estratégico 2010- 2014 prevê o desembolso de US$ 224 bilhões. Do lado da Reliance, o Brasil é peça fundamental no seu plano de expansão internacional. O grupo pretende investir, ao longo dos próximos cinco anos, cerca de US$ 10 bilhões fora da asia. A maior parte destes recursos será destinada a africa e a América Latina ? além do Brasil, Venezuela e Colômbia também entrarão no bolo, ainda que em uma escala menor. Parte expressiva destes investimentos será feita em parceria com a própria Oil & Natural Gas. Além de entrar na exploração e na produção, a Reliance é candidata a se associar a projetos da Petrobras na área de refino. Pretende também montar uma estrutura logística no Brasil voltada a exportação. A prioridade do grupo é o suprimento tanto de óleo bruto quanto de derivados para o mercado indiano. Hoje, as distribuidoras locais importam dois terços dos derivados comercializados na andia. As projeções indicam que o consumo de combustíveis deverá aumentar mais de 40% nos próximos cinco anos na esteira do crescimento econômico do país.
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