Buscar
Acervo RR
O que vale para a Cosan vale para a Copersucar? Pelo jeito, os sócios da segunda acreditam que sim, pois estão determinados a seguir a mesma cartilha de sucesso. Na falta de um Rubens Ometto, dono da Cosan, a Copersucar vai com um escrete de sócios. A companhia montou um time de primeira linha, composto por alguns de seus mais destacados associados, para analisar fusões e aquisições de interesse do grupo. A ideia é ter uma Shell para chamar de sua. O primeiro alvo da Copersucar é a AleSat, a quarta maior entre as distribuidoras de combustíveis. A proposta não é comprar, mas se associar, exatamente como fizeram Cosan e Shell. Esse discurso soa bem aos ouvidos de Marcelo Alecrim, o sócio da AleSat que resiste bravamente ao assédio dos maiores concorrentes. Cosan e Ultra duelam há meses para arrematar a companhia. O entendimento predominante entre os associados da Copersucar é de que o grupo necessita ter um parceiro forte na distribuição de etanol no Brasil e no mundo. Por outro lado, esses associados apostam que se não for a Copersucar, a AleSat vai cair nos braços de outro Orfeu. Nesse caso, a cooperativa ficaria órfã em um momento de consolidação acelerada tanto no mercado de produção quanto no de distribuição de combustíveis renováveis. O projeto da Copersucar é criar uma empresa, cujo controle seria partilhado com a AleSat, para assumir a distribuição do etanol em todo o Brasil. O investimento na ampliação e diversificação regional da rede de postos da AleSat e a montagem de novos centros de distribuição, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste seria de aproximadamente R$ 300 milhões até 2011. As conversações começaram há duas semanas e pegaram de surpresa Cosan e Ultra, que até então se consideravam as únicas no páreo. Terão que rever suas estratégias para não perderem o bonde.
Todos os direitos reservados 1966-2024.