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Acervo RR
A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) está prestes a passar por uma reforma societária. Os controladores da Camargo Corrêa têm se reunido recorrentemente nos últimos dois meses com o objetivo de definir um caminho para a capitalização da empresa. A ideia de uma oferta de ações em Bolsa, que estava prevista para o início de 2011, vem perdendo força. Em seu lugar ganha corpo a proposta de associação com uma grande construtora, capaz de injetar capital e alavancar os projetos imobiliários em hibernação na CCDI. No limite, os herdeiros de Sebastião Camargo estariam dispostos a abrir mão do controle da incorporadora diante da possibilidade de embarcar em um negócio de maiores proporções. Recentemente, um banco de investimentos norte-americano com mandato da Brookfield bateu a porta da CCDI. É o tipo de empresa que se enquadra no perfil desejado pelos acionistas da Camargo Corrêa. A Brookfield deve fechar o ano com vendas acima de R$ 4 bilhões, mais de três vezes a receita estimada para a CCDI. Não obstante estar ancorada em um dos maiores grupos empresariais do país, a CCDI jamais alcançou o patamar desejado por seus acionistas. Ressalte-se que, no primeiro semestre, a empresa deu sinais de forte recuperação. O faturamento, em torno dos R$ 500 milhões, duplicou na comparação com o decepcionante resultado colhido entre janeiro e junho de 2009. Ainda assim, a CCDI se ressente de maior fôlego financeiro para tirar da gaveta grandes projetos imobiliários. Nos últimos meses, a empresa teve de abrir mão de alguns de seus principais negócios, entre eles metade de sua participação no projeto Ventura, torre de escritórios no centro do Rio de Janeiro.
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