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Suez prepara sua entrada na distribuição de energia

  • 6/10/2010
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A Suez está lustrando suas armas para entrar no segmento de distribuição de energia no Brasil. Dono do maior parque gerador privado do país, o grupo pretende comprar ao menos três empresas nos próximos meses. A prioridade é a aquisição do Grupo Rede, visto pelos belgas como um ativo capaz de fazer diferença e transformar a Suez em um player competitivo logo na partida. Com a aquisição, o grupo incorporaria nove distribuidoras em sete estados, com quase cinco milhões de consumidores e faturamento próximo dos R$ 8 bilhões. As notórias limitações financeiras da Rede, que busca um comprador há pelo menos dois anos, são consideradas um facilitador para o negócio. A Suez tem outros movimentos mapeados. Por meio da Tractebel, está negociando a compra da AES Sul, ativo secundário no colar de operações da AES no Brasil. Há uma sinergia territorial com uma das maiores controladas da Suez. A AES Sul atua na região da Gerasul, controlada pelos belgas. A estratégia dos norte-americanos é um ponto favorável a  negociação. Após a saída da Cemig, a AES pretende deixar também a distribuidora gaúcha para concentrar seus investimentos no Brasil na Brasiliana, controladora da AES Eletropaulo. Em outro front, um pouco mais acima no mapa da energia, a Suez iniciou conversas com o governo de Santa Catarina e com a Previ. Em pauta, a compra da participação do fundo de pensão na Celesc, alvo, inclusive, de uma disputa judicial com o estado. A venda das ações na distribuidora de energia é vista pelo mercado como pule de dez dentro do processo de reestruturação da carteira de ativos da Previ no setor elétrico, trabalho a cargo do Morgan Stanley. O Brasil é tratado pela Suez como prioridade absoluta e o grande mercado a ser explorado nos próximos anos. Com a tríplice aquisição, os belgas entrariam no jogo da distribuição como um dos cinco maiores grupos do país. A companhia já teria aprovado cerca de R$ 3 bilhões para investimentos no setor, cifra que será reavaliada, para cima, claro, em razão das aquisições. Entre os próprios belgas, o consenso é que o grupo terá de redobrar o cacife caso queira ser um protagonista na área de distribuição. Principalmente por conta dos iminentes movimentos neste mercado, leia-se a venda da Elektro e a eventual fusão entre CPFL e NeoEnergia.

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