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GP quer coar a dívida da Bom Gosto

  • 23/09/2010
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Há uma boa dose de gordura nas negociações para a fusão entre a Bom Gosto e a Monticiano, braço da GP para a área de laticínios. O principal entrave diz respeito a  dívida da empresa gaúcha, de quase R$ 400 milhões. O endividamento é resultado da agressiva política de aquisições da companhia nos últimos anos, que exigiu uma forte alavancagem financeira. A GP não está disposta a compartilhar toda a dívida e busca um modelo que evite a transferência integral do passivo para a nova empresa. A solução é intrincada e envolve diretamente o BNDES, principal credor e segundo maior acionista da Bom Gosto, atrás apenas do empresário Wilson Zanatta. O caminho seria a conversão de parte expressiva da dívida da Bom Gosto com o BNDES em ações da nova companhia. O problema é que, até o momento, o banco tem sido uma esfinge nas negociações. Enigmático, não dá qualquer pista sobre o tamanho do seu apetite. Ressalte-se que hoje a agência de fomento já detém mais de um terço do capital da Bom Gosto, o que, inclusive, tem lhe custado pesadas críticas de outras empresas do setor.

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