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Empreiteiras ganham mais voltagem nas usinas do Tapajós

  • 9/06/2010
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Há boas-novas para as empreiteiras no modelo de licitação das hidrelétricas do Tapajós, que deverá ser anunciado até o fim do mês. No que promete ser um dos pontos mais polêmicos do edital, o governo vai permitir que a construtora responsável pela obra tenha uma participação maior no consórcio. O teto será de 30% ? no leilão de Belo Monte, esse limite ficou em 20%. A intenção do governo é aumentar a atratividade do projeto, facilitar a formação de consórcios e, em última linha, impulsionar a competição. Outra mudança importante diz respeito ao formato de licitação das usinas. O Ministério de Minas e Energia desistiu da privatização de cada uma das sete geradoras em separado. Este modelo passou a ser visto no governo como um tiro no pé, por conta da inapetência dos investidores em assumir uma operação deste porte para ficar com uma única hidrelétrica. As usinas serão agrupadas em dois blocos. O primeiro incluirá três geradoras, entre elas a mais cobiçada de todas, São Luís do Tapajós, com capacidade para seis mil megawatts. É quase a metade da produção energética prevista para todo o complexo. Já está definido também que todas as usinas usarão o modelo conhecido como plataformas de petróleo. Ou seja: não haverá a construção de instalações residenciais permanentes e nem de vias de acesso, o que reduz o custo da obra e o impacto ambiental. O governo decidiu também que todos os estudos técnicos ficarão a cargo exclusivamente da Eletronorte, trabalho este que não será aberto a grupos privados, como ocorreu em Belo Monte. O leilão de Tapajós é um prato que será preparado pelo governo Lula, mas servido apenas no próximo mandato, seja o chéf Dilma Rousseff ou José Serra. Mesmo com a recente aceleração dos trâmites necessários, não há tempo hábil sequer para que o primeiro lote de usinas seja leiloado ainda neste ano. Tudo ficará para 2011.

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