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Acervo RR
O projeto da Jurong de construir um estaleiro no Espírito Santo, orçado em R$ 600 milhões, navega por mares revoltos. A empresa terá de superar entraves ambientais e uma crise de relacionamento com a comunidade de Barra do Sahy, em Aracruz. O Conselho Regional de Meio Ambiente do Espírito Santo concedeu a licença prévia para a instalação do empreendimento, mas impôs algumas exigências. A Jurong terá de fazer ajustes no projeto e aumentar as garantias para eventuais danos ambientais. Estima-se que, no limite, as mudanças possam atrasar a construção em até seis meses. A inauguração está prevista para o fim de 2011. O temor da Jurong é perder terreno para outros estaleiros na disputa pelas encomendas da Petrobras que virão na esteira do pré-sal. Os próprios executivos da Jurong têm feito um mea culpa. A percepção é de que a empresa entrou em Barra do Sahy colocando o pé na porta. Anunciou o projeto com estardalhaço e desembarcou com uma trupe de engenheiros para os primeiros estudos de viabilidade antes de fazer um trabalho de aproximação com a população. Gerou, logo na partida, uma onda de antipatia. Pescadores e moradores, insuflados por ambientalistas, têm se mobilizado contra o empreendimento. Uma das reclamações é que a audiência pública para discutir o projeto, realizada em 3 de fevereiro, não foi divulgada com 15 dias de antecedência, como determina a lei.
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