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Acervo RR
O empresário Mauro Dutra ? que, nos bons tempos, surfou na venda de computadores para o governo ? iniciou uma peregrinação em busca de um sócio para a Novadata. A tentativa de venda de parte do capital é o novo ato no longo processo de reestruturação da empresa, que já dura três anos. Dutra tem atirado para tudo que é lado. Ao mesmo tempo em que negocia com private equities, vem mantendo conversações com duas empresas de informática asiáticas ? uma delas seria a Asus. Mauro Dutra tenta também um outro projeto ainda mais complexo, que passaria pela associação entre pequenos e médios fabricantes de computadores nacionais. Além da Novadata, entrariam no cesto a Kennex, de João Paulo Diniz, e a Amazon PC, em recuperação judicial desde dezembro do ano passado. Não é difícil de imaginar aonde Dutra quer chegar com a ideia. O BNDES seria o destino natural do projeto. Nos tempos áureos, a Novadata chegou a faturar por ano mais de R$ 400 milhões. Seu declínio começou em 2005, quando foi investigada pela CPI dos Correios. Dois anos depois, com uma dívida de quase R$ 120 milhões, abriu o bico. Teve de suar para renegociar o passivo e, ao mesmo tempo, manter as máquinas rodando na fábrica de Ilhéus. A partir do ano passado, o batimento cardíaco da Novadata voltou a um ritmo um pouco mais acelerado. A empresa aumentou o número de funcionários na Bahia, produziu quase cinco mil computadores e faturou cerca de R$ 50 milhões.
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