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Espécie rara de construtora ainda imune aos efeitos da Lava Jato – não obstante a extensa folha de serviços prestados a Petrobras, incluindo a malfadada refinaria Premium I, no Maranhão – a Concremat entrou em obras. Por de trás dos tapumes inicia-se uma reforma da qual a companhia controlada por Mauro Ribeiro Viegas deverá sair associada a outro grupo do setor. Quem estará do outro lado da mesa? Segundo um privilegiado interlocutor do próprio Viegas, uma boa aposta é a Promon Engenharia. No passado recente, de acordo com a mesma fonte, as duas empresas chegaram a manter conversações, mas a construção não passou sequer da primeira camada de tijolos. Eram outros tempos: a Petrobras honrava seus contratos, os investimentos em infraestrutura subiam a ladeira e não havia uma recessão a espera na próxima esquina. Procuradas pelo RR, Concremat e Promon negaram a associação. Estranho seria se confirmassem qualquer negociação neste sentido. As circunstâncias, no entanto, parecem empurrar uma na direção da outra. Especialmente no caso da Concremat. a€ medida que o tempo passa, cresce a pressão sobre a companhia. Nas atuais condições de temperatura e pressão, é inevitável que os resultados da construtora sofram um significativo processo de desidratação nos próximos meses. Do seu faturamento total – cerca de R$ 1,5 bilhão, no ano passado -, quase metade está pendurada em obras públicas. Por sinal, tamanha proximidade com o Poder sempre atraiu olhares curiosos na direção da Concremat e de sua carteira de contratos. Se, até o momento, a companhia passou incólume ao “petrolão”, seu passado recente registra alguns sobressaltos. Línguas ferinas costumam, por exemplo, destilar insídias acerca do relacionamento entre a Concremat e a Prefeitura do Rio. A presença de Antonio Pedro Viegas Figueira de Mello, neto de Mauro Viegas, no comando da Riotur só alimenta o disse-me-disse. Intrigas a parte, o fato é que projeções da própria Concremat apontariam para uma queda de até 40% das receitas com o governo devido a retração dos investimentos públicos em infraestrutura – número formalmente negado pela empresa. De toda a forma, a companhia está cada vez mais distante da prosperidade da última década, quando a empresa cresceu, em média, 15% ao ano. Para Mauro Viegas, portanto, a associação com a Promon traria a reboque o Pátria Investimentos, sócio da construtora por meio do fundo P2 Brasil, e, com ele, a expectativa de um porvir um pouco menos árido.
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