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Após se consolidar como o grande grupo privado do mercado brasileiro de combustíveis, o Grupo Ultra quer agora fazer a América. O conglomerado petroquímico estaria articulando a compra de uma leva de aproximadamente 500 postos da Citgo, rede com mais de seis mil unidades de serviço nos Estados Unidos. Por mais curioso que possa parecer, trata-se de um enclave bolivariano em pleno território “imperialista”. Desde 1990, a PDVSA controla 100% da Citgo. Uma vez consumada, esta seria uma das maiores investidas internacionais do Ultra, e a primeira no mercado de combustíveis – segmento que hoje responde por mais de 80% do seu faturamento. Por meio da Oxiteno, o grupo já está presente nos Estados Unidos, México, Venezuela e Uruguai. Não custa lembrar que já há algum tempo o Ultra ensaia uma grande aquisição no exterior. Negociou a compra da operação de GLP da Shell na Europa e de ativos da área química nos Estados Unidos, neste último caso por meio da própria Oxiteno. A operação confronta duas companhias em momentos distintos. Se, de um lado, há uma corporação extremamente líquida, como o Ultra, do outro o que se vê é um grupo com crescentes problemas de caixa. A queda dos preços do petróleo tem enorme impacto sobre a PDVSA e, por extensão, sobre as próprias contas públicas da Venezuela. Diante deste cenário, cresce a pressão para que a companhia se desfaça de ativos no exterior que lhe permitam fazer caixa e compensar a perda de receita com a depreciação da commodity. Há alguns meses, a própria imprensa venezuelana especula a hipótese de a PDVSA promover um spinoff da Citgo, com o objetivo de vender parte do capital de cada uma das áreas de negócio ou mesmo negociar alguns ativos separadamente, como no caso dos postos de combustíveis. Ainda segundo a mídia da Venezuela, recentemente, a estatal teria recebido uma oferta para negociar até 30% de suas três refinarias nos Estados Unidos. Em tempo: curiosamente os caminhos do Ultra e da PDVSA já se cruzaram, mas em circunstâncias bem diferentes. Em 2007, quando a Ipiranga colocou seus postos a venda, a estatal venezuelana se candidatou ao negócio. Diante da impossibilidade de comprar todos os estabelecimentos, operação que não seria aprovada pelo Cade, a Petrobras estimulou o Ultra a ficar com as unidades da Ipiranga no Sul e no Sudeste. Desta forma, evitou a entrada de um novo player estrangeiro no setor. Mas isso são águas passadas. Neste momento, Ultra e PDVSA parecem ter sido feitos um para o outro.
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