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Qual é o nome capaz de blindar a Petrobras?

  • 5/11/2014
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A higienização da Petrobras é uma das prioridades de Dilma Rousseff para o segundo mandato. O governo está pesando na balança duas propostas distintas para a gestão da estatal. Num dos pratos, repousa a opção por uma indicação política, leia-se um nome próximo a  presidenta da República; na outra bandeja, surge a hipótese de escolha de um personagem de fora de governo, de conduta absolutamente ilibada. No primeiro caso, dois fortes candidatos a  presidência da Petrobras são Jacques Wagner e Aloizio Mercadante. Petroleiro de origem, Wagner levaria para a estatal a malemolência baiana, não obstante ser carioca, requisito para azeitar o diálogo com o Congresso neste momento de fragilidade da companhia. Mercadante, por sua vez, é visto como um nome de perfil mais técnico, indicado para conduzir a interlocução com o Conselho, comissões internas, comitês de auditoria e o próprio mercado. Eventualmente, a indicação do economista ainda permitiria ao governo fazer um roque no tabuleiro do xadrez político. A ida de Mercadante para a Petrobras abriria espaço para Graça Foster seguir o caminho contrário e desembarcar na Casa Civil. No entanto, cabe ressaltar que o excesso de identificação com o PT pode também ser considerado prejudicial tanto para Wagner quanto para Mercadante. Bem próximo a Dilma Rousseff há quem defenda uma solução “estrangeira”, leia-se a escolha de uma figura fora do eixo de Poder capaz de blindar a estatal de ataques e denúncias. Dois nomes se sobressaem em meio a um oceano de palpites: Paulo Cunha e Rodolfo Landim. Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra e um dos maiores industrialistas do país, Cunha, para quem não se lembra, é Petrobras de carteirinha; ingressou na estatal na década de 60 por meio de concurso público. Rodolfo Landim, por sua vez, já foi tudo na estatal, menos presidente. Difícil que ele aceite o convite. Hoje, Landim está voltado a negócios privados de fôlego – recentemente comprou os ativos de E&P da El Paso no Brasil. Em tempo: fosse há cerca de dois anos, a proposta de trazer um nome de fora teria endereço certo: Jorge Gerdau estaria na pole position, tanto em razão do seu relacionamento com o Planalto quanto por ter assumido a franquia de especialista em gestão pública. Mas, depois de Gerdau ter flertado com Marina Silva, o que o Planalto quer mesmo é ver o siderurgista vestido num pijama. Qualquer que seja a decisão, um dos cuidados é poupar Maria das Graças Foster, não só pelas relações pessoais com Dilma Rousseff, mas também pela convicção do governo que sobre ela não pairam quaisquer desconfianças. Tanto que, ao sair da Petrobras, Graça teria um voo ainda mais alto: além da Casa Civil, está cotada também para o Ministério de Minas e Energia. No entanto, o governo entende que as circunstâncias exigem não apenas a saída de Graça Foster como a troca imediata de toda a gestão – ainda que a atual diretoria esteja pagando por algo que não fez. O cerco sobre a estatal se fecha cada vez mais. Nos Estados Unidos, escritórios de advocacia estão estimulando, por meio da internet, a delação de possíveis episódios de corrupção relacionados a  Petrobras. Em caso de comprovação da denúncia apresentada e de recuperação de recursos desviados, o delator costuma levar como prêmio 10% da cifra resgatada. Com tanto caçador de recompensa na praça, manter a atual diretoria da Petrobras é um risco que o governo não quer e nem deve correr.

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