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Ontem, logo após deixar a poltrona 7C do voo 1025 da Gol, que o levou do Rio a São Paulo, o presidente do PSB, Roberto Amaral, demonstrava visível ansiedade. Ao desembarcar no Aeroporto de Congonhas, Amaral tamborilava seus dedos agitadamente sobre o livro “Socialismo e Democracia”. Mais inquieto ainda ficou com a aproximação do Relatório Reservado. A primeira pergunta alvejou-o de chofre: “Dr. Roberto, o senhor leu a entrevista do economista Eduardo Giannetti ao Valor Econômico, na qual ele chama a atenção para a convergência entre as propostas de Marina Silva e de Aécio Neves? A resposta veio de pronto: “Não li. Ainda bem”. O RR insistiu: “Mas o que o senhor acha dessa aproximação da campanha de Marina com o partido que representa o liberalismo, os interesses financeiros e o conservadorismo?” Amaral franziu o cenho e decretou: “Um tiro no pé. A Marina está fazendo concessões demais”. Ou seja: rechaçou explicitamente a letra “D” que as circunstâncias insistem em enfiar no meio da sigla do PSB. O RR avançou: “Então, o senhor acha que tem gente dando entrevista mais do que deveria?”. O presidente do PSB não titubeou diante da provocação: “Acho que sim! E me lembro das minhas conversas com o Lula, quando ele dizia que alguns aliados não podiam nem abrir a geladeira. Eles viam aquela luzinha, achavam que era televisão e logo queriam dar uma entrevista”. Antes das despedidas, uma última pergunta: “Dr. Roberto, o senhor não acha que o debate eleitoral está muito voltado para questões que passam ao largo da população, tais como política fiscal, política monetária, Banco Central autônomo?”. Mais uma vez, Amaral nem esperou a bola quicar: “Só cem pessoas no país sabem do que está sendo dito nesses assuntos. Para a maioria dos eleitores, Banco Central independente e Banco do Brasil independente são a mesma coisa”. E lá se foi Roberto Amaral pelo terminal de desembarque, carregando o “Socialismo e Democracia”. Sempre na mão esquerda.
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