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Há uma proposta em discussão de um livro com testemunhais de ex-presidentes da Petrobras, em desagravo a empresa e repúdio ao seu estupro. Se a iniciativa vingar, os ex-dirigentes José Sérgio Gabrielli, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa deveriam protagonizar um capítulo especial. Suas malfeitorias, não obstante a gravidade de atentarem contra a lei e o patrimônio público, seriam tratadas como um estrago menor se comparadas ao enorme desserviço de desatar as amarras do ódio a estatal. Os malefícios praticados pelos ex-dirigentes da Petrobras têm servido para um acerto de contas histórico com a companhia. É difícil definir com uma palavra quem são os “inimigos” da estatal. Eles têm muitos nomes: são os liberais, as elites, os privatistas, os entreguistas, os inimigos da soberania do país. As denúncias contra Gabrielli, Costa e Cerveró foram estendidas, como que por magia negra, a toda a companhia, do ascensorista a Maria das Graças Foster, na mais perfeita ideologização de um crime da história republicana. São tempos vilanescos esses de aversão e asco a um braço exitoso do Estado. Há um prazer quase indômito com a depreciação da companhia, inclusive daqueles que perdem com a erosão do seu valor de mercado. O próprio advento do pré-sal é um bom exemplo da má vontade desses grupos. Apesar de toda a propaganda, do governo e da estatal, é possível afirmar que o orgulho pela descoberta se restringiu aos profissionais da companhia. No meio político e na própria mídia, mal as primeiras estimativas sobre as novas reservas vieram a tona, teve inicio o apedrejamento da Geni. A definição do modelo de exploração do pré-sal destilou uma forma de peste contra a estatal e o governo. A camada geológica é vítima de desconfiança, a exploração é criticada pela sua gastança e o projeto é considerado até um problema para o país, devido ao risco de contaminação pela doença holandesa. “O petróleo será um combustível superado quando conseguirem alcançar as metas de exploração”, dizem. A brutal instrumentalização dos crimes que lesaram a Petrobras tem cegado a Nação em relação aos enormes avanços da companhia. Em agosto, a produção de petróleo subiu pelo sétimo mês consecutivo, atingindo novo recorde: 2,1 milhões de barris por dia. Esse número deverá romper a barreira dos quatro milhões de barris em 2030. Tais indicadores vêm sendo capturados pelas bolsas. Em agosto, a empresa atingiu seu maior valor de mercado em quase dois anos: R$ 290 bilhões. E este número só tende a subir, com o já anunciado reajuste dos combustíveis no início de 2015 e o retorno da Cide. Enquanto isso, os detratores da Petrobras, em vez de personificar, insistem em institucionalizar os delitos que foram cometidos na empresa. Como se houvesse uma pessoa jurídica biltre, safardana, canalha. Tomara que essa história seja realmente contada em livro, para que fique registrada para sempre como uma das mais enojantes campanhas de difamação e destruição reputacional feitas neste pais.
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