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Steinbruch será a “Monalisa” da Fiesp

  • 11/06/2014
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Benjamin Steinbruch ingressou nas fileiras daqueles que já voltaram antes mesmo de ter ido. Ao contrário das expectativas geradas pelo próprio empresário (ver RR edição nº 4.803), sua passagem pela presidência da Fiesp promete ser fria, protocolar, quase inaudível. O acerto feito com Paulo Skaf prevê o cumprimento stricto sensu do estatuto da entidade. Significa dizer que o dono da CSN vai esquentar cadeira para o retorno de Skaf – digamos assim, na hipótese do titular da Fiesp e candidato ao governo de São Paulo retornar, uma perspectiva que não é assim tão difícil. Neste caso, a passagem de Steinbruch pelo comando da Fiesp será lembrada apenas pelo seu retrato na galeria de ex-presidentes. É tristonho o cenário, pois se pensou que Benjamin Steinbruch teria a vontade de incorporar um Roberto Simonsen pós-moderno e trazer a entidade para a discussão da política industrial do país. A Fiesp ficou amorfa com Skaf, que faz a micropolítica de interesses e subtraiu a capacidade de vocalização da instituição junto ao governo. Steinbruch viria para construir um novo tempo, sepultando os dias em que o potentado da Avenida Paulista serviu mais ao seu presidente do que o contrário. Se, por acaso, Skaf não voltar, o acordo é de manutenção dos seus funcionários de confiança e o congelamento da entidade. Steinbruch, na contramão das esperanças nutridas por ele mesmo, não vai fazer a Fiesp virar novamente a Fiesp. A entidade será uma nova Corus em sua vida.

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