Bancos criam um bazar de profecias

  • 27/05/2014
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Eleitores, olho vivo no BTG Pactual, Itaú-BBA e Credit Suisse! Como a calculeira econométrica dessa turma não é revelada, os relatórios elegendo presidentes podem muito bem ser mais produto de vontade do dono do banco do que rigor técnico do seu staff. Outra hipótese igualmente pouco abonadora é que os prognósticos tenham sido financiados pelo vil metal de um algum grupo político poderoso. É melhor que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enquadre esse povo, audite os modelos e organize a divulgação conforme a média de projeções do Focus do Banco Central. Se, junto aos bancos, forem incluídos também os institutos de pesquisa, pode ser que a concorrência e uma regulação séria esvaziem um pouco a mamata desse segmento, que, mesmo com a erosão da credibilidade, continua formando expectativas, muito bem remuneradas por sinal. O Focus eleitoral talvez tivesse de ser acompanhado também pela CVM, pois, nos últimos tempos, a gangorra dos votos tem provocado altos e baixos no mercado de ações. A regra seria essa: quem usa placa institucional para dar uma de pitonisa pode fazer o seu marketinho, mas vai ter de se enquadrar nas regras, e poderá tomar multas dantescas se não se comportar direitinho. Eleição não é um bazar de profecias.

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