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O Société Générale está reavaliando sua atuação no Brasil. Segundo fontes próximas a instituição, os franceses estariam trabalhando com dois cenários: a negociação do Banco Cacique ou, numa hipótese mais drástica, a venda de todas as suas operações e a consequente saída do mercado brasileiro. Nos últimos anos, a subsidiária tornou-se um intenso gerador de prejuízos para a matriz. As perdas acumuladas desde 2008 superam a marca de R$ 1,2 bilhão – somente no biênio 2011/12, o resultado negativo somou mais de R$ 900 milhões. Em 2013, graças a uma política de custos espartana e a reestruturação da carteira de crédito para pessoa física, o Société Générale conseguiu fechar o exercício com um prejuízo de apenas R$ 29 milhões. Ainda assim, foi o sexto balanço consecutivo no vermelho. Desde 2008, o Société Générale mais do que dobrou de tamanho no Brasil, passando de R$ 6 bilhões para quase R$ 13 bilhões em ativos. No entanto, falhou na alquimia e, ao menos até o momento, não conseguiu transformar o aumento das operações em lucro. Há cerca de dois anos, os franceses tentaram virar o jogo com a troca de comando da subsidiária brasileira: Francis Repka foi convocado para o lugar de François Dossa – hoje nº 1 da Nissan no país. Por ora, a doença está derrotando o remédio. Os maus resultados do banco começam a minar o próprio prestígio de Repka, executivo com quase 30 anos de Société Générale e ótimos serviços prestados ao grupo, notadamente na Alemanha, onde também ocupou o cargo de CEO. Com presença historicamente discreta no mercado brasileiro, o Société Générale decidiu dar um salto no país a partir de 2007, quando comprou os bancos Cacique e Pecúnia. Talvez tivesse feito melhor se ficasse quietinho onde estava. Desde então, os franceses vêm apanhando um bocado na tentativa de aprumar as operações de crédito a pessoa física – segmento no qual o grupo tem reduzida experiência. Nos últimos dois anos, o Banco Cacique somou mais de R$ 220 milhões em prejuízos. Não faltam, portanto, motivos e cifras para o Société Générale remoer a ideia de pegar o boné e deixar o país. Desta forma, se juntaria a outros importantes bancos internacionais que sucumbiram no mercado brasileiro, como BankBoston, BBVA, Dresdner….
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