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Eletrobras divide a conta das federalizadas com a State Grid

  • 8/05/2014
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A State Grid – que, até outro dia, era tratada pelo próprio governo como um inimigo dos interesses nacionais, notadamente da Eletrobras – tornou-se uma indispensável companheira de viagem da estatal. O consórcio que venceu a concorrência da linha de transmissão de Belo Monte foi apenas a primeira das estações compartilhada pela dupla. A próxima parada poderá representar, a um só tempo, a entrada da State Grid no mercado brasileiro de distribuição de energia e um remédio para uma das maiores moléstias financeiras da Eletrobras. A estatal negocia com os chineses a venda de até 49% do capital das sete distribuidoras estaduais de energia que tiveram seu controle e sua gestão federalizadas. Trata-se de um trambolho no qual a companhia já despejou mais de R$ 5 bilhões e que lhe retribui com um prejuízo anual superior a R$ 1 bilhão. Oficialmente, a Eletrobras nega a operação. No entanto, segundo uma alta fonte do Ministério de Minas e Energia, a State Grid negocia, inclusive, uma opção de compra de um lote adicional de ações em até dois anos, o que daria aos chineses o controle das sete concessionárias. A venda desta segunda tranche estaria condicionada a uma série de metas de performance que teriam de ser cumpridas pelas distribuidoras federalizadas. Há algum tempo os chineses estudam ingressar no mercado brasileiro de distribuição. A associação com as sete companhias sob gestão da Eletrobras está longe de representar uma entrada pela porta da frente do setor. Além dos graves problemas financeiros, a maior parte das concessionárias tem dificuldades para cumprir os indicadores técnico- operacionais impostos pela Aneel. Certamente, um eventual apoio do BNDES será muito bem-vindo pelos chineses. No entanto, segundo a fonte do RR, o interesse da State Grid não está condicionado a  participação da agência de fomento no negócio. Os chineses enxergam uma mais-valia institucional e política na compra das sete distribuidoras federalizadas. A operação serviria para amalgamar ainda mais o relacionamento com a Eletrobras na área de transmissão, este sim o grande alvo estratégico dos asiáticos no país – a State Grid já anunciou investimentos de mais de US$ 10 bilhões no Brasil. Ressalte-se que a objeção do governo e da própria Eletrobras a  State Grid é cada vez mais uma peça de museu. Hoje pode se dizer que as duas empresas não dão um acorde sem antes combinar a partitura. O nº 1 da State Grid no Brasil, Cai Hongxian, transformou-se em interlocutor assíduo do presidente da Eletrobras, José da Costa Neto, e do próprio ministro Edison Lobão. É justamente por esta tríplice linha de transmissão, interligando Pequim, Brasília e Rio de Janeiro, que correm algumas das mais importantes negociações em curso no setor elétrico nacional. Uma destas operações aponta apenas para 2015: trata-se de uma parceria para o leilão da rede de transporte de energia da futura usina de São Luiz do Tapajós, um empreendimento com capacidade para sete mil megawatts.

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