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Para a Novartis, é tudo ao mesmo tempo agora. Os suíços vivem uma temporada frenética no Brasil, pautada por importantes decisões. Num instante, estão reunidos para tratar de um dos maiores investimentos já feitos pela companhia no país; poucos minutos depois, a pauta versa sobre cortes de custos e venda de ativos. O investimento em questão é a construção da primeira fábrica de medicamentos biotecnológicos da Novartis no Brasil, que ficará em Jaboatão dos Guararapes (PE). Trata-se de um projeto orçado em aproximadamente R$ 1,4 bilhão – cerca de R$ 800 milhões já estão garantidos por meio de um financiamento do BNDES. Ao mesmo tempo, a Novartis estuda medidas mais drásticas para reequilibrar os custos operacionais e conter a perda de rentabilidade no Brasil. A companhia avalia a possibilidade de vender ou, no limite, até mesmo desativar mais uma fábrica no país. Seria como tomar a segunda dose de um remédio amargo, mas visto pelos suíços como absolutamente necessário. Há cerca de um mês, a Novartis anunciou um acordo com a União Química para transferir seu complexo industrial de Taboão da Serra (SP), onde são produzidos mais de 40 medicamentos. Procurada, a Novartis confirmou os investimentos em Pernambuco e declarou que pretende duplicar seu faturamento no país em cinco anos. No entanto, não comentou a possibilidade de transferir mais uma fábrica no Brasil. Nos últimos dois anos, o faturamento da Novartis no país cresceu, em média, 15%, chegando a casa dos R$ 2,7 bilhões. No entanto, os crescentes custos operacionais têm minado a lucratividade da companhia. O descontentamento com a performance da subsidiária levou os suíços a trocarem o presidente da Novartis Brasil – em janeiro de 2013, Adib Jacob substituiu Alexander Triebnigg. Foi só a primeira dose no processo de reestruturação da operação.
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