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Em 2012, a chinesa Sany alardeou que, em até cinco anos, estaria disputando a liderança no mercado brasileiro de máquinas agrícolas. Dois anos depois, praticamente não saiu do lugar. Com o market share estacionado na casa dos 5%, segue longe do trio de ferro do setor: Caterpillar, John Deere e CNH. Os problemas não se resumem a letargia comercial. Em outra de suas promessas, os asiáticos asseguraram que até o início de 2014 instalariam sua segunda fábrica no país, em Jacareí (SP). O prazo foi adiado para o fim deste ano, mas quem passa pelo local do empreendimento não tem motivos para acreditar que a nova meta será cumprida. As obras ainda estão na fase de terraplenagem. Na cidade de Jacareí circulam informações de que a Sany teria desistido do projeto e estaria até em busca de um comprador para o terreno. Neste caso, a empresa seguiria apenas com a unidade de São José dos Campos, restrita a montagem final de equipamentos importados da asia. Procurada, a Sany negou a venda do terreno. Afirmou ainda que a construção da fábrica continua em seus planos. A modesta performance comercial da Sany e a própria queda das vendas de equipamentos agrícolas no Brasil teriam esfriado o apetite dos chineses. Neste cenário, o investimento em uma nova fábrica perde força, ainda que a desistência do projeto traga um doloroso efeito colateral. Sem produção local, a empresa não conseguirá enquadrar todo o seu portfólio de escavadeiras e guindastes no Finame, linha de financiamento do BNDES que exige um determinado índice de nacionalização de peças. Mais uma desvantagem em relação a concorrência.
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