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Gas Brasiliano entra na linha de tiro da Petrobras

  • 21/03/2014
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Das duas uma: ou a Petrobras voltou atrás na decisão de não negociar ativos estratégicos ou os critérios da companhia para definir o que são ou não operações essenciais estão cada vez mais flexíveis. Quatro anos após comprar a Gas Brasiliano e, finalmente, fincar sua bandeira na distribuição de gás em São Paulo, prepara o meia-volta, volver. A direção da estatal discute a venda do controle da concessionária. A companhia manteria apenas uma participação minoritária, o suficiente para preservar sua cadeira cativa no maior mercado consumidor de gás do país. A inclusão da Gas Brasiliano na lista de ativos negociáveis da Petrobras está diretamente ligada ao revés na operação com a Cemig. Em fevereiro, depois de mais de um ano de tratativas, os mineiros romperam o acordo para a compra de 40% da distribuidora. A desistência deixou a Petrobras com um abacaxi nas mãos, leia-se o plano de investimentos da concessionária paulista, que beira os R$ 2 bilhões. Diante das circunstâncias, longe da estatal querer bancar este aporte. A venda do controle da Gas Brasiliano é emblemática. A Petrobras demorou até conseguir entrar no mercado paulista, por muito tempo uma lacuna no colar de participações da quase onipresente Gaspetro. A estatal tentou ingressar na Comgás, ensaiou uma associação com a Gas Natural Sul, mas o desembarque só se consumou em 2010, com a compra da Gas Brasiliano junto a  italiana Eni por US$ 250 milhões. No entanto, as dificuldades da Petrobras em honrar seu plano de investimentos, notadamente na área de E&P, falaram mais alto. Em tempo: a decisão da estatal de abrir mão do controle de uma das maiores concessionárias de gás do país é um forte indício de que a estatal deverá reduzir consideravelmente sua presença no setor, com a venda de ativos menos votados. Candidatos a  compra da Gas Brasiliano? Na própria Petrobras, o nome mais repetido é o da GDF Suez, antiga Gas de France. Há algum tempo, o grupo procura ativos de peso em distribuição de gás no Brasil. Antes do finado acordo com a Cemig, a própria GDF chegou a manifestar seu interesse na Gas Brasiliano. Na ocasião, contudo, a Petrobras não aceitou se desfazer do controle da distribuidora, como queriam os franceses. Eram outros tempos.

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