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Benjamin Steinbruch terá a possibilidade, nos próximos meses, de ressuscitar a influência da Fiesp nos destinos da política econômica. A frase está no condicional porque quem conhece o “Barão do Aço” sabe que ele se enjoa rapidamente dos seus feitos e não tem a tradição de levar a frente pleitos e interesses que não sejam os seus. Mas, de qualquer forma, com o afastamento de Paulo Skaf, pré- candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, a oportunidade está dada. Como vice-presidente da entidade, Steinbruch assume automaticamente o mandato. Verdade seja dita, trata-se do maior industrialista do país, carente de lideranças no setor desde os idos de Antônio Ermírio de Moraes, Mario Amato, Luís Eulálio Bueno Vidigal e Claudio Bardella, somente para citar alguns. Também pelos lados do capital estrangeiro na indústria, a acefalia é geral. O que sobrou foram saudades do tempo de Hermann Wever, Wolfgang Sauer, Rudolf Hohn, Carlos Salles, Felix Bulhões e outros, que se notabilizaram por participar da discussão de propostas para o desenvolvimento do setor. Era gente ouvida entre seus pares e pelo governo. Hoje, quem restou? Benjamin Steinbruch é o ilustre sobrevivente. Se tiver gás e interesse, poderá conduzir a Fiesp aos gloriosos tempos de Roberto Simonsen, quando a entidade era bem mais do que mero instrumento de lobby empresarial e, sim, uma academia de formulação de políticas para o desenvolvimento nacional. Hoje, a entidade está tolhida por um provincianismo despropositado, na contramão das necessidades da indústria, que vem perdendo crescentemente participação no produto interno do país. A verdade é que a Fiesp não só se apequenou, mas ficou cafona. Cabe a Benjamin Steinbruch dar o toque de modernidade que urge na Avenida Paulista.
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