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Águas do Brasil é um rio que corre para fora de Manaus

  • 29/08/2013
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O que colocaram na água de Manaus? A concessão de saneamento na capital amazonense tem sido um suplício para os investidores privados. Quatro anos após a francesa Lyonnaise des Eaux, hoje Ondeo, deixar o negócio, a aguas do Brasil estaria reavaliando sua operação na cidade. No limite, Queiroz Galvão, Cowan e Carioca Engenharia, os principais acionistas da empresa, já cogitariam até a possibilidade de devolver a licença. O motivo seria a salobra combinação da baixa rentabilidade do negócio com a pressão do prefeito de Manaus, o tucano Arthur Virgílio, por mais investimentos na companhia. Procurada, a aguas do Brasil negou a intenção de deixar o negócio. Garantiu ainda que a relação com o prefeito “é a melhor possível” e todos os investimentos previstos em contrato serão executados. Segundo informações filtradas da própria Prefeitura de Manaus, divergências similares teriam ocorrido no fim do ano passado, logo após a eleição de Arthur Virgílio, mas, a  época, a maré baixou. Agora, o prefeito de Manaus teria voltado a  carga sobre a aguas do Brasil, o maior grupo privado do setor no país. Estaria exigindo um aumento de até R$ 200 milhões no plano de investimentos da Manaus Ambiental, a concessionária da cidade. Em troca, oferece nada. A empresa alega que o aporte extra só seria viável com um aumento das tarifas. Até porque a operação é deficitária. As perdas projetadas pela aguas do Brasil para os próximos dois anos chegariam a  casa dos R$ 150 milhões. Virgílio, no entanto, nega-se a conceder o reajuste. Deve saber o que está fazendo. Vai que aparece um movimento do “esgoto livre” pelas ruas de Manaus?

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