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Benjamin gostaria de ter Nildemar em casa

  • 15/04/2013
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O que pensar de Benjamin Steinbruch? Dizem que é um dos maiores, senão o maior empresário do Brasil. O que pensar de Nildemar Secches? Afirmam que é simplesmente o Messi da gestão corporativa. E o que pensar dos dois juntos? Pois bem, seria uma das mais explosivas duplas do setor privado brasileiro. Steinbruch, segundo uma fonte do RR, flerta com a ideia de se restringir ao papel de chairman, profissionalizando a gestão das suas diversas empresas. Para isso, o executivo principal teria de ser um craque, respeitado pelos seus pares e com amplo trânsito no governo. No fundo, no fundo, Steinbruch não acreditava muito na hipótese. Isso até que o processo de desligamento de Secches da BRF começou a amadurecer. O executivo seria o homem certo, no local certo, na hora certa. As empresas de Steinbruch, exceção ao complexo CSN/Casa de Pedra, estão todas de costas umas para outras. Hoje, são companhias separadas pelo mesmo controlador, satélites que se distanciam cada vez mais da holding. Todas elas têm problemas organizacionais, muito em razão da própria estrutura corporativa do grupo, que mistura alhos com bugalhos, tecidos com placas de aço, cimento com financiamento para compra de geladeiras, e assim por diante. São companhias a  procura de upgrade administrativo, reestruturação nas suas diversas áreas e um banho de loja, por assim dizer. O passaporte de Nildemar Secches seria carimbado por Benjamin Steinbruch não somente para equacionar esses problemas mais “comezinhos”, mas, sobretudo, para enfrentar os megadesafios, criar uma identidade para o grupo e preparar sua expansão. Soa até estranho que Steinbruch deixasse outro, que não ele, exercer a missão. Mas o fato é que o “Barão do Aço” não conseguiu dar conta de carregar todos esses dólmens sozinho. A CSN tem de resolver o problema da Transnordestina; o grupo precisa expandir a operação de Casa de Pedra para se tornar uma grande mineradora; o crescimento da produção de cimento continua na gaveta; o Banco Fibria não para de dar maus resultados; a CSA, cuja aquisição é uma incógnita, exigirá um trabalho hercúleo para se colocar a casa em ordem. E existem planos para empreender na área de combustíveis renováveis, tecnologia e até mídia. Isso para não falar na disposição de Steinbruch de azucrinar os ítalo-argentinos da Ternium na Usiminas e prosseguir buscando ativos no exterior para consolidar seu plano de internacionalização da siderurgia. O ex-presidente da Perdigão e da BRF é a outra metade desses desafios. Nildemar Secches, egresso do BNDES, passeia pelo banco como se fosse o corredor da sua casa. E talvez seja hoje o executivo com melhor relacionamento junto aos maiores fundos de pensão do país. São dois predicados que Benjamin Steinbruch perdeu em sua trajetória errática entre sucessos e contenciosos. Querer Secches o empresário ainda nem sabe se quer. Ele pensa em voz alta, flerta solitariamente. Mas é provável, segundo o RR apurou, que nos próximos dias o convite seja feito. Daqueles ainda para pegar na mão, sem juras de amor. Quem conhece Nildemar Secches sabe que ele também é difícil. O executivo costuma exigir autonomia para tocar os negócios. Como Steinbruch é um problemão, resta saber se esse será um daqueles raros casos em que dois bicudos se beijam.

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