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BB preenche o cheque para a compra do GNB Sudameris

  • 12/03/2013
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O Banco do Brasil está retomando seu projeto de internacionalização. E, desta vez, nada de fisgar peixe miúdo, como o argentino Banco da Patagônia e o norteamericano Eurobank, este com apenas três agências – comprados, respectivamente em 2010 e 2011. O BB negocia a aquisição do GNB Sudameris, controlado pelo grupo colombiano Gilinski. A instituição tem cerca de US$ 6 bilhões em ativos e pouco mais de 100 agências na América do Sul. No ano passado, o GNB incorporou todas as operações do HSBC na Colômbia, Peru, Paraguai e Uruguai, por aproximadamente US$ 400 milhões. A proposta do BB envolveria a compra de 51% do GNB – o banqueiro colombiano Jaime Gilinski Bacal e seus herdeiros permaneceriam com o restante das ações. Segundo informações obtidas junto ao Banco do Brasil, as conversas com os Gilinski já contemplam até mesmo uma futura expansão do GNB, com a duplicação de sua rede até 2015. De acordo com a mesma fonte, somando-se a aquisição da instituição e a ampliação das agências, o desembolso do BB deverá passar de US$ 1 bilhão. Procurada, a instituição informou que “não comenta boatos de mercado”. Uma vez concretizado, o negócio representará uma dupla vitória de Aldemir Bendine. Os investimentos do BB no exterior estavam congelados há mais de seis meses, o que, inclusive, gerou atritos entre Bendine e parte do Conselho de Administração refratária a novas aquisições – ver RR nº 4.393. Além das resistências internas, o executivo vem minando também uma muralha chamada Jaime Gilinski. Os primeiros contatos com o banqueiro colombiano teriam ocorrido há mais de dois anos. Desde então, as conversas passaram por várias idas e vindas, sobretudo depois que a instituição colombiana comprou os ativos do HSBC, o que valorizou substancialmente o seu passe. Uma das razões para a postura mais flexível de Gilinski teria sido o aceno do BB de usar o GNB como ponta de lança para expandir sua presença na América do Sul.

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