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BNDES injeta mais insulina financeira na Biomm

  • 22/08/2012
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Após a criação de dois grandes laboratórios nacionais, o BioBrasil e o BioNovis, mais um projeto na área farmacêutica está sendo desenvolvido nos tubos de ensaio do BNDES. O objetivo é transformar o país em um importante produtor de insulina e reduzir a dependência quase que total em relação a s importações. A ponta de lança da operação é a Biomm, empresa de biotecnologia criada por executivos egressos da Biobras – vendida para a dinamarquesa Novo Nordisk em 2002. Dona de 15% da empresa, por meio da BNDESPar, a agência de fomento vai financiar a construção da primeira fábrica da Biomm, em Minas Gerais. O investimento deve ficar em torno dos US$ 200 milhões. A dosagem de recursos não deve parar por aí. O BNDES e os demais acionistas – entre os quais está o ex-ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia – discutem a instalação de um segundo complexo fabril e de mais um centro de pesquisa e desenvolvimento. O laboratório tem uma unidade de P&D em Montes Claros (MG). De acordo com informações filtradas junto a  Biomm, as conversas envolveriam também uma reestruturação societária. Os novos investimentos devem passar por um novo aporte de capital vinculado ao aumento da participação do banco. Procurados pelo RR, a Biomm e o BNDES não se pronunciaram. O próprio governo é um dos principais interessados no projeto. O Ministério da Saúde é o maior comprador de insulina no país. Praticamente toda o medicamento consumido no mercado brasileiro vem do exterior, notadamente da Dinamarca, da Alemanha e dos Estados Unidos. É assim desde que a própria Novo Nordisk decidiu suspender a produção da Biobras e passou a atender o país a partir de suas fábricas na Europa. Em linha com a sua estratégia de escolher um cavalo vencedor, o BNDES decidiu apostar suas fichas na Biomm. Optou por um puro sangue do setor. A empresa já nasceu com um importante trunfo. Seus acionistas, ao deixar a Biobras, herdaram patentes para a produção de insulina. Mercado é o que não falta. Nos últimos anos, o consumo do medicamento no país tem crescido, em média, 15%

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