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Petrobras mantém um pé no Japão

  • 5/04/2012
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A mudança dos ventos está forçando Maria das Graças Foster a rever decisões logo no início de seu mandato. Segundo informações filtradas junto a  própria Petrobras, a executiva suspendeu a operação de venda integral da refinaria de Okinawa, no Japão. Se alguém disser que Graça foi forçada pela realidade a alterar o script anteriormente imaginado não estará de todo errado. Nenhum dos candidatos aceitou pagar pelo ativo o valor pedido pela companhia. Ao contrário do que possa parecer, não se trata exatamente de uma súbita guinada. Embora tenha anunciado oficialmente a disposição de negociar a refinaria no início de fevereiro, a Petrobras já vinha mantendo conversações com possíveis compradores há pelo menos seis meses. A intenção da Petrobras agora é se desfazer do controle da refinaria, mas permanecer com uma fatia de até 49%. Curiosamente, quem está interessada no negócio é a Sumitomo. Até 2010, a trading japonesa tinha 12,5% do capital, mas pulou fora por conta do projeto da Petrobras de transformar a refinaria em uma base de processamento de petróleo própria, o que contrariava os interesses dos asiáticos. No entanto, o novo formato agrada a  Sumitomo. Na condição de controladora, a trading terá a prerrogativa de arbitrar o destino de maior parte da produção. Por uma operação triangular, os japoneses ainda enxergam no reatamento da sociedade com a estatal uma cabeça de ponte para outro negócio: aumentar as vendas no mercado asiático do etanol produzido pela Petrobras Biocombustíveis. Procuradas pelo RR, Petrobras e Sumitomo não se manifestaram até o fechamento desta edição.

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