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Acervo RR
A privatização da Sabesp foi um rio que passou na vida de Geraldo Alckmin. Diante das dificuldades em viabilizar a venda da empresa, o governo paulista prepara um plano B. O projeto passa pela formação de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) com investidores privados, voltadas a execução de determinados projetos. Este modelo tem uma grande vantagem: prescinde de anuência da Assembleia Legislativa ou da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). O governo paulista não precisará nem mesmo do imprimatur dos municípios atendidos pela empresa, a começar pela própria Prefeitura de São Paulo, uma vez que não haverá alteração do capital social ou do contrato de concessão. A intenção do governo paulista é atrair para o projeto grandes empreiteiras, concessionárias do setor e fundos de investimento. De acordo com um executivo ligado a Sabesp, já houve conversas preliminares com Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e aguas do Brasil, leia-se Carioca Engenharia e Cowan. O BTG Pactual também teria se interessado pela operação. A prioridade da Sabesp é a ampliação da rede de tratamento de água e esgoto na capital paulista. A estatal tem cinco grandes projetos para a cidade, divididos por região. De acordo com a mesma fonte ouvida pelo RR, estes empreendimentos demandarão um desembolso em torno de R$ 2 bilhões, recursos com os quais a estatal não tem condições de arcar sem a parceria com investidores privados.
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