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Acervo RR
O Banco do Brasil decidiu retomar a estratégia de compra de instituições financeiras estaduais. O primeiro nome da lista é o Banestes. O RR apurou junto a uma alta fonte do BB que existem conversações entre a direção do banco, o Ministério da Fazenda e o governo do Espírito Santo. Na semana passada, houve duas reuniões na instituição para tratar do tema. O banco aguarda apenas a reestruturação acionária do Banestes para formatar uma oferta pela instituição capixaba – hoje haverá uma assembleia de acionistas para analisar a proposta de grupamento dos papéis na proporção de cem para um. Com a aquisição, o BB assumiria a folha de pagamento dos servidores estaduais e do funcionalismo público dos 78 municípios do Espírito Santo. Com base na atual cotação do papel em bolsa – noves fora o prêmio de controle – a participação do estado no Banestes está avaliada em quase R$ 690 milhões. Procurado, o BB não quis comentar o assunto. Já o Banestes não se pronunciou até o fechamento desta edição. Esta é a segunda investida do BB sobre o Banestes. Na primeira, no início de 2009, o banco federal chegou a iniciar o processo de due diligence. No entanto, o então governador Paulo Hartung brecou a operação. Desta vez, no entanto, o cenário é diferente. O atual governador, Renato Casagrande, tem um fator de pressão que não pesava sobre as costas de seu antecessor: a portabilidade da conta-salário dos servidores. Os clientes do Banestes vêm sendo assediados por todos os lados pelos grandes bancos do país para virar a casaca. O BB tem uma carapaça mais do que curtida para reter os correntistas, algo que não se poder dizer em relação a instituição capixaba. Esta vulnerabilidade deixou o governo do Espírito Santo diante de um córner: manter o controle do banco sob o risco de ver sua base de clientes definhar ou negociá-lo agora enquanto seu principal ativo está intacto e a instituição ainda é objeto de cobiça? É um daqueles enigmas que praticamente já vêm com uma solução compulsória. Além do Banestes, tratado como prioridade, outros bancos têm sido mencionados dentro do BB. É o caso do Banpará e do sergipano Banese. O banco paraense mantém sob o guarda-chuva a conta dos mais de 100 mil servidores ativos e inativos do estado. No caso da instituição sergipana, seriam mais 45 mil correntistas na rede do BB.
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