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Acervo RR
O sul do Pará tornou-se ponto de encontro de três grandes grupos internacionais do mercado de ouro. A colombiana Gran Colombia Gold está negociando sua associação a britânica Horizonte Minerals e a sulafricana Anglogold Ashanti, que já mantêm uma joint venture para a exploração do metal na região, o chamado Projeto Falcão. Ainda há alguns cascalhos societários a serem peneirados pelos três grupos. Dona de 51% da atual joint venture, a Anglogold Ashanti é favorável a entrada dos colombianos na empresa, mas não aceita abrir mão da sua posição majoritária. Sobra, então, para a Horizonte Minerals. Os próprios sul-africanos têm feito pressão para que os britânicos abram mão de parte da sua fatia, de 49%. Até porque o passado recente tem mostrado uma certa indisposição da Horizonte em manter o nível de investimentos do Projeto Falcão, que passam dos US$ 800 milhões. Segundo a fonte do RR, que acompanha de camarote cada etapa da negociação, as conversas se encaminham para que a Gran Colombia Gold tenha uma participação de 15% a 20% no negócio. A Gran Colombia chega ao Brasil não apenas com a promessa de injetar recursos no Projeto Falcão, mas também de expandir os negócios com a Anglogold Ashanti e a Horizonte Minerals para outras regiões do país e até mesmo da América do Sul. De acordo com a mesma fonte, existem conversações para a exploração de áreas na Amazônia, em Goiás, Bahia e Minas Gerais. A Anglogold já dispõe de um mapa de ativos para possíveis aquisições nos quatro estados. Os colombianos também estudam a possibilidade de aportar na joint venture algumas de suas reservas em seu país de origem. É uma daquelas hipóteses que soam bem para todas as partes. Os sul-africanos e ingleses se tornariam sócios de uma operação com maior escala, abrangência internacional e com mais fôlego para investimentos no Brasil Já a Gran Colombia embarcaria em uma operação que, em alguns anos, pode até mesmo superar o tamanho dos ativos em sua terra natal. Somando- se as reservas do Projeto Falcão e os planos de expansão para outras regiões, a Anglogold estima atingir em até uma década a produção anual de 150 mil onças de ouro. Se alcançado, este número representará quase 50% a mais do que a atual capacidade de extração da Gran Colombia.
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