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Águas do Brasil filtra as impurezas societárias da Haztec

  • 7/12/2011
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Queiroz Galvão e Carioca Engenharia costuram um de seus maiores investimentos na área de saneamento. A aguas do Brasil, controlada pelas duas empreiteiras, negocia a aquisição da Haztec, uma das principais empresas de tratamento de resíduos industriais do país. Estima-se que a operação possa chegar perto dos R$ 500 milhões, entre pagamento cash e troca de ações. Um personagem-chave para o acordo é o InfraBrasil, que reúne Previ, Petros, Funcef e BNDESPar. Dono de aproximadamente um terço das ações da Haztec, o fundo está disposto a promover um cruzamento societário para viabilizar a operação. Em troca do seu quinhão na empresa, o InfraBrasil receberia um lote de ações da própria aguas do Brasil. Já o empresário Paulo Tupinambá pretende vender integralmente sua participação na Haztec. Não é de hoje que ele tenta pular fora do barco. Neste ano, Tupinambá quase alcançou seu intento. Chegou a fechar uma fusão com a Estre Ambiental, operação que lhe permitiria, mais a  frente, deixar o negócio. No entanto, o acordo foi desfeito. A dívida da Haztec e os desentendimentos com Wilson Quintella, controlador da Estre, falaram mais alto. Tão ou mais importante do que o projeto em si é a alta do rating da Queiroz Galvão e da Carioca Engenharia junto ao BNDESPar e aos fundos de pensão. Os acionistas do InfraBrasil não conseguem mais esconder o descontentamento gerado pela convivência com Paulo Tupinambá. Segundo relato do dirigente de uma das fundações, o empresário prima pela prepotência e pelo absolutismo na gestão da Haztec. Para a Previ e cia., o fim da sociedade com Tupinambá é a melhor filtragem que pode ser feita na empresa. Com a compra da Haztec, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia passariam a ser donas de uma holding com faturamento acima de R$ 2 bilhões – algo como 40% a mais do que a receita da aguas do Brasil prevista para este ano. A nova empresa transborda complementaridade. Ficarão sob o mesmo guarda-chuva sete concessões de saneamento (quatro no Rio de Janeiro e três em São Paulo), além de uma das mais cobiçadas carteiras de clientes no mercado de tratamento de resíduos industriais.

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