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Acervo RR
A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, segue firme na sua campanha para se tornar a sucessora de José Sérgio Gabrielli na presidência da estatal. A executiva escolheu como vitrine a Transportadora Associada de Gás (TAG). A empresa foi criada por seu antecessor, Ildo Sauer, para aglutinar os gasodutos operados pela Petrobras. Maria das Graças gostou da centralização e decidiu ir além, transformando a TAG em uma das cinco maiores controladas do grupo Petrobras. A executiva negocia com os sócios privados na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) a transferência das ações da Gaspetro – que detém 51% do capital da empresa – para a TAG. Maria das Graças pretende aproveitar o ensejo para aumentar a participação da estatal na TBG. O novo desenho daria mais força para negociar uma flexibilização da compra de gás boliviano. A tarefa não será nada fácil. Os investidores privados, a frente a inglesa BG e a norte-americana AEI, além da estatal boliviana Transredes, estão fazendo jogo duro para aceitar a mudança. Enxergam a entrada da TAG como uma oportunidade de ouro para arrancar da Petrobras um novo acordo de acionistas que aumente a ingerência dos sócios minoritários na estratégia e na gestão da TBG. O ponto principal é a discordância no que diz respeito a negociação de valores das tarifas e ao volume de gás a ser transportado. A Petrobras tem usado e abusado da sua condição de controladora para impor seus interesses comerciais.
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