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Acervo RR
A diretoria da Petrobras trabalha na criação de uma subsidiária que enfeixará todas as operações do grupo no exterior, hoje dispersas em empresas ou unidades de negócios distintos. A nova controlada concentrará todas as atividades globais da companhia nas áreas de exploração de petróleo e gás, refino, distribuição e comercialização de combustíveis e logística. Sob o seu guarda-chuva ficarão todos os negócios em E&P nos Estados Unidos, México, Peru, Angola, Líbia e Nigéria, entre outros países. A subsidiária concentrará também os ativos da Petrobras em distribuição de derivados de petróleo na Colômbia, revenda de combustíveis no Chile e na Argentina, produção de bioenergia no Japão, entre outras operações internacionais. A nova empresa administrará pouco mais de 5% do Plano de Investimentos da Petrobras até 2014, algo próximo de R$ 12 bilhões. Os principais projetos estão relacionados ao aumento da produção de óleo e gás no Golfo do México, em Angola e na Nigéria. Neste último, o alvo prioritário é a aceleração dos aportes para extração de óleo em águas profundas nos campos de Akpo, Agbami e Egina. Atualmente, todas as operações internacionais da Petrobras são administradas de forma dispersa. Há subsidiárias específicas em alguns países, caso da Petrobras Argentina. Outras operações pulverizadas ficam sob gestão das controladas do grupo, notadamente Gaspetro e Transpetro. Com a nova roupagem, a ?Petrobras Internacional? passará a ter uma diretoria centralizada que se reportará diretamente ao alto-comando da estatal. Ou seja: a mudança terá um efeito colateral que certamente alimentará descontentamentos na cadeira de comando da empresa. A diretoria das controladas da Petrobras e os executivos do grupo no exterior vão perder autonomia e poder de ingerência sobre as decisões estratégicas de cada unidade de negócio. A principal motivação para a cirurgia plástica na estrutura de negócios internacional é de ordem financeira. Cálculos preliminares indicam que a redução de custos com a gestão centralizada deverá oscilar entre 20% e 30%. Além disso, ao criar uma grande corporação com atuação em 27 países e operação integrada em exploração e produção, refino, distribuição e comercialização, a Petrobras pretende ganhar ainda mais estofo para fechar parcerias com grupos internacionais.
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