Buscar
Acervo RR
Os próximos passos da Iberdrola no Brasil passam ao largo da NeoEnergia. Os espanhóis vão pendurar seus futuros investimentos na Elektro, bem longe, portanto, das conflitantes relações com a Previ. Após comprar a distribuidora paulista, a mira da Iberdrola aponta na direção da Escelsa, do Espírito Santo. A EDP, dona da distribuidora, estaria disposta a vender a empresa devido a falta de sinergia com o seu principal negócio no país, a Bandeirante. Sinergia, no entanto, é o que não falta a Escelsa sob a ótica dos espanhóis. A empresa opera em um estado contíguo a Bahia, onde a Iberdrola controla a Coelba. O grupo ibérico vislumbra ganhos operacionais decorrentes da proximidade entre as duas empresas. A investida sobre a Escelsa seria apenas um aquecimento para um projeto bem maior. Hoje, o grande sonho de consumo da Iberdrola no Brasil é a entrada no capital da Brasiliana, controladora da AES Eletropaulo. Segundo o RR apurou junto a uma fonte do BNDES, os espanhóis já mantiveram conversas tanto com o banco quanto com a AES, que dividem o controle da holding. Esta, no entanto, é uma operação complexa, notadamente pela sua costura política. Difícil imaginar que o governo, mediante o BNDES, facilitaria o desembarque da Iberdrola na Brasiliana uma vez que os espanhóis se tornaram um estorvo para a fusão entre a Neo- Energia e a CPFL.
Todos os direitos reservados 1966-2024.