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Acervo RR
A Cemigaté parece André Esteves. É insaciável. O plano de ocupação geoelétrica da estatal mineira prevê um cinturão energético em toda a Região Sudeste. Dona da Light e candidata a privatização da Cesp e a compra do Grupo Rede, a companhia volta agora suas baterias na direção da Escelsa. A estatal mineira teria iniciado negociações com a EDP, dona de 100% da distribuidora capixaba. O próprio governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, está a frente das conversações. Ele já teria obtido o apoio de Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, ao desembarque da Cemig no estado. A Escelsa é uma lamparina nas mãos da EDP e pode se tornar um farol em poder da Cemig. A distribuidora capixaba é praticamente uma ilha nos negócios do grupo português no Brasil, que ficou com a empresa após uma longa disputa com os fundos de pensão, notadamente a Previ. Há baixíssima sinergia entre a companhia e o principal negócio da EDP no país, a distribuidora paulista Bandeirante. Já não se pode dizer o mesmo no caso da Cemig. Incorporada pela estatal mineira, a Escelsa faria parte de um grande eixo energético na Região Sudeste. A Cemig teria vantagens de ordem operacional e fiscal com a administração centralizada de todas as empresas, ainda que as distribuidoras permaneçam como empresas separadas, como é o caso da Light. Em termos de indicadores, a Cemig acrescentaria cerca de três milhões de pessoas a sua base de clientes e receita anual de R$ 1,5 bilhão.
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