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GTIS empilha seus dólares no mercado imobiliário brasileiro

  • 19/01/2011
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O nome do investidor norte-americano Tom Shapiro vai ser cada vez mais ouvido no mercado imobiliário brasileiro. O private equity GTIS, comandado por Shapiro, promete despejar uma dinheirama no país para montar um colar de participações societárias no setor de construção e incorporação. O fundo ? que, a título de hors d’oeuvre, já aportou cerca de US$ 100 milhões no Brasil ? tem reservados mais US$ 300 milhões para novos investimentos. A estratégia do GTIS passa pela formação de um cinturão de parcerias com incorporadoras e construtoras. Há conversas com a Cyrela em torno do projeto de criação de uma construtora voltada exclusivamente a  habitação popular. Trata-se de uma megaoperação de mais de R$ 1,5 bilhão, que envolve ainda as construtoras Cury, Plano & Plano e o fundo Temasek, de Cingapura, além da própria Living, atual subsidiária da Cyrela para a população de baixa renda. O fundo norte-americano estaria mantendo gestões também com a construtora paulista Inpar, desta vez voltada a uma associação para a venda de imóveis de alto padrão. Do alto do 31º andar do Rockfeller Center, em Nova York, sede da GTIS, Tom Shapiro enxerga o Brasil como uma joia rara. Em três anos, a expectativa é de que a carteira de projetos no país seja praticamente similar a s cifras investidas no próprio mercado norte-americano. O modelo de negócio do private equity prevê a criação de joint ventures com construtoras e incorporadoras. A bula serve tanto para os Estados Unidos quanto para o Brasil. Ao contrário de seus congêneres, o fundo norte-americano tem por tradição ser acionista majoritário dos projetos. Assim foi em suas duas primeiras investidas no país. Há cerca de dois anos, comprou 75% do Seridó, complexo imobiliário de luxo em São Paulo idealizado pela antiga Klabin Segall. O restante das ações está nas mãos da Yuni. Mais recentemente, fechou uma parceria com a incorporadora carioca Ager para projetos conjuntos no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Os norte-americanos ficaram com 90% da joint venture.

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