Buscar
Acervo RR
O empréstimo de R$ 1 bilhão recentemente concedido pelo BNDES saiu barato para a OHL Brasil, não pelo custo per si, mas pela sua importância para a estratégia de expansão do grupo. Os recursos, que serão usados na modernização da Rodovia Regis Bittencourt, darão a empresa uma folga de caixa providencial, com impacto direto sobre o seu plano de expansão. A OHL vai partir para uma nova temporada de aquisições de concessões rodoviárias. A primeira parada é a BR Vias. A subsidiária do grupo espanhol estaria negociando sua entrada na empresa, sociedade entre o grupo aurea, da família Constantino, a WTorre e a Splice, do empresário Antonio Beldi. A OHL pretende fisgar metade das participações dos Constantino e da WTorre, donos, respectivamente, de 34% e de 16% do capital da BR Vias. A princípio, a Splice permaneceria com 50% das ações. O formato da operação revela os caminhos e descaminhos societários da BR Vias. Dos três sócios, a Splice, do empresário Antônio Beldi, é quem teria demonstrado mais disposição em seguir no negócio. Os Constantino e o empresário Walter Torre, por sua vez, já há algum tempo vêm dando sinais do interesse em reduzir sua presença na concessionária. A inapetência começa a se refletir, inclusive, no plano de investimentos da BR Vias. O Grupo aurea e a WTorre têm proposto uma revisão dos projetos em curso até a chegada de um novo sócio. Ainda que por vias oblíquas, a OHL enxerga a eventual entrada na BR Vias como um rito de passagem. Na visão dos espanhóis, uma vez dentro da concessionária, a OHL Brasil poderá pavimentar uma estrada até o controle da empresa. Neste caso, o mais provável seria avançar sobre o restante das ações pertencentes a WTorre e ao Grupo aurea. A Splice, por sua vez, receberia em troca uma participação na própria OHL Brasil.
Todos os direitos reservados 1966-2024.