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Acervo RR
A Petrobras vai criar a sua Petrosal para investir na exploração e produção na camada de pré-sal. No projeto que foi apresentado pelo governo federal e que tramita no Congresso, a estatal terá obrigatoriamente 30% de cada um dos consórcios que serão criados para explorar os blocos a ser ofertados na região. Como o desembolso previsto pela estatal para dar conta da tarefa deverá ser de, no mínimo, US$ 100 bilhões, e não terá a prerrogativa de abrir mão da participação, o caminho traçado é montar dentro da unidade de exploração e produção da companhia uma estrutura separada. A nova empresa terá como sócios BNDESPar, Petros, Previ e Funcef. Ffundos de private equity nacionais já foram sondados para participar do negócio. O formato societário traçado pela Petrobras destina 49% do capital aos investidores institucionais. A Petrobras Pré-Sal, como provisoriamente a companhia está sendo chamada dentro da estatal, deverá ser criada tão logo o projeto de lei que estabelece o modelo de partilha seja totalmente aprovado no Congresso Nacional. Para quebrar as resistências ao plano, que começam a surgir dentro e fora da Petrobras ficou acertado que o negócio não será aberto a investidores estrangeiros. As companhias de petróleo também não serão convidadas a entrar na Petrobras Pré-sal. O receio é dar munição aos opositores do modelo de partilha, que usariam politicamente a eventual entrada de concorrentes da estatal na reserva de mercado criada para a Petrobras. Além do mais, a companhia será a operadora de todos os blocos que serão ofertados pela Pré-sal Petróleo S/A (PPSA), criada pelo governo federal para gerir os negócios na região.
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