Buscar
Acervo RR
O BNDES quer subir ao pódio da integração continental. Para isso, pretende usar como trampolim os eventos esportivos que serão realizados no Brasil – a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. As competições permitirão ao banco ter uma posição relevante na formulação de políticas de fomento regional. O pontapé inicial já foi dado. O BNDES fechou um acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o financiamento de obras relacionadas a infraestrutura para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio. O projeto passa pelo aumento da capilaridade do BNDES nos países vizinhos. O banco vai abrir representações em Buenos Aires, Caracas, Bogotá, Santiago, Quito e Nova York, que se juntarão a Montevidéu e Londres. Esses escritórios serão responsáveis pela garimpagem de grupos interessados em investir no Brasil, seja com recursos próprios, seja com as linhas de crédito ofertadas pelo BNDES em parceria com o BID. O montante total para esses negócios deverá chegar a US$ 4 bilhões ao ano até 2016. No rastro desse voo ao exterior, o banco envolverá a BNDESPar em alguns empreendimentos. A ideia é que o braço de participações faça parte do capital dos projetos de maior envergadura ligados a s competições. O objetivo do BNDES é usar toda esta engrenagem como ponto de partida para uma política de crédito que envolva não apenas o Brasil, mas outros países da América do Sul. Ou seja: a experiência voltada a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 funcionaria como um dínamo para o financiamento de projetos de infraestrutura no continente. O BNDES assumiria, portanto, uma posição de liderança, com status igual ou superior a s próprias agências multilaterais da região – Fonplata e CAF.
Todos os direitos reservados 1966-2024.