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Petrobras aposta suas fichas na exportação de gás natural

  • 6/05/2010
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Enquanto o projeto de lei tramita no Congresso, a diretoria da Petrobras está debruçada sobre um dos principais investimentos vinculados ao pré-sal. A estatal negocia com Repsol, BG, Galp e Exxon uma associação voltada a  exportação de gás natural. O foco maior será exatamente o combustível extraído dos futuros blocos do pré-sal. O investimento, orçado em aproximadamente US$ 1 bilhão, será incluído no planejamento estratégico da Petrobras para o período 2009-2014. O projeto prevê a construção de até cinco unidades de liquefação de gás natural embarcada, conhecido pela sigla GNLE. As estruturas serão montadas em alto-mar próximas aos maiores blocos de exploração. A previsão é que três delas fiquem na Bacia de Campos e outras duas na Bacia de Santos. As cinco unidades terão capacidade total para o processamento de 70 milhões de metros cúbicos de gás por dia, volume superior ao combustível transportado pelo Gasoduto Bolívia-Brasil. A maior parte do gás processado será exportada no chamado mercado spot. A Petrobras deverá ficar com 51% da operação. O restante do capital será dividido entre Repsol, BG, Galp e Exxon, todas sócias da estatal em blocos na camada do pré-sal. A expectativa é que a primeira planta de liquefação comece a ser construída ainda neste ano na Bacia de Santos, próxima aos blocos BM-S-9 e BM-S-11. A segunda unidade será instalada em 2011, também na Bacia de Santos. A negociação entre Petrobras, Repsol, BG, Galp e Exxon é uma decorrência da decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Recentemente, o CNPE autorizou as companhias de exploração presentes no Brasil a exportar o excedente da produção não comercializado no mercado interno. A princípio, a resolução se referia apenas ao combustível importado pela Petrobras para ser usado nas termelétricas, nem sempre acionadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Posteriormente, se estendeu também para o gás produzido no país.

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