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Renovação da concessão em São Paulo vai custar caro para a Enel

  • 14/07/2025
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A Enel está, mais uma vez, no meio de um tiroteio político. Os projéteis vêm das mais diferentes esferas de poder. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, age junto à Aneel para que a renovação da concessão da empresa em São Paulo seja condicionada ao pagamento das multas pendentes com o órgão regulador. São mais de R$ 320 milhões em sanções aplicadas desde 2018. O grupo italiano tem escapado das penalidades graças a seguidos recursos judiciais. Ao mesmo tempo, a Enel está também na mira de Tarcísio de Freitas. O governador tem feito pressão nos bastidores para que a empresa aumente seu plano de investimentos na capital. Não está sozinho. Tem como backing vocal o prefeito Ricardo Nunes. Recentemente, a Enel São Paulo anunciou que vai investir R$ 10,4 bilhões entre 2025 e 2027, valor 68% maior do que o desembolsado no triênio anterior. Em condições normais de temperatura e pressão, seria um salto considerável. No entanto, tudo o que a Enel não tem em São Paulo são condições normais de temperatura e pressão. A companhia está em uma posição de vulnerabilidade diante de pressões políticas por conta das seguidas falhas no fornecimento de energia acumuladas nos últimos anos. Por isso mesmo, Alexandre Silveira, Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes são movidos por uma convicção em comum: apostam que, se apertarem, arrancam algumas cifras a mais da Enel. Ou seja: a extensão do contrato em São Paulo vai custar caro para a empresa. Financeira e politicamente.

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