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Acervo RR
O PanAmericano e a Caixa Econômica Federal estão colocando as últimas vírgulas em sua estratégia de atuação conjunta. As operações seguirão um script comum: a CEF entra com a rede de atendimento e, principalmente, funding; o banco de Silvio Santos, com a sua carteira de clientes e, sobretudo, sua expertise em produtos não oferecidos pela instituição federal. Uma das maiores apostas da dupla é o financiamento de veículos. A parceria significará um salto da Caixa Econômica neste cobiçado mercado. Guardadas as devidas proporções, o PanAmericano será para a CEF o que o Banco Votorantim é para o BB. Ou seja: será a ponta de lança para a oferta de crédito automotivo aos mais de 33 milhões de clientes da Caixa. Cerca de 60% da carteira de crédito do PanAmericano (de R$ 11 bilhões no total) estão concentrados no financiamento de veículos. Com o reforço de funding da Caixa Econômica, o banco vai entrar na venda de automóveis novos, leia-se modelos zero quilômetro a até três anos de uso ? sua operação neste segmento estava limitada a veículos usados. Um dos seus objetivos é fechar parcerias com grandes redes de concessionárias. O PanAmericano vai também ampliar a oferta de crédito para a venda de motocicletas, hoje um dos segmentos que mais crescem dentro da instituição. Por mês, o banco tem gerado cerca de R$ 150 milhões em financiamento. O PanAmericano vai ainda operar leasing para os clientes da Caixa ? trata-se de um segmento em que o banco federal não atua. Em outro front, a CEF pretende oferecer os produtos da PanAmericano Seguros em suas agências. Além da própria Caixa Seguros, será a segunda companhia a vender apólices no balcão da instituição. Uma das maiores apostas é o seguro prestamista. Outro alvo da dupla é o segmento de crédito consignado, com a entrada em novos estados. Além do aporte da CEF, que, em dezembro, pagou R$ 740 milhões por 49% do capital votante, o PanAmericano vem reforçando o caixa no mercado. Nos últimos dias, concluiu a captação de US$ 500 milhões por meio de emissão de dívida. No que depender do apetite dos investidores, o banco não vai demorar a fazer outra operação semelhante. A meta inicial era captar US$ 350 milhões, mas a demanda pelos papéis chegou a US$ 2,5 bilhões.
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