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Bamin busca um sócio para investimentos de R$ 20 bilhões no Brasil

  • 3/06/2024
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Informação que corre em um círculo restrito da área de mineração: a Eurasian Resources Group, conglomerado originário do Cazaquistão, saiu em busca de um sócio para a sua operação brasileira, leia-se a Bamin (Bahia Mineração). O que se diz em conversas reservadas é que o grupo tem mantido tratativas com fundos internacionais e players do setor. Há quem fale que a Vale tem olhado para o negócio – o que seria uma jazida a mais no monopólio da empresa, responsável por quase 80% da produção de minério de ferro no país? Outro potencial candidato citado é a Cosan, que, além de acionista da própria Vale, mantém negociações com a Aura Minerals para um possível projeto de minério de ferro em Paraupebas (PA). O que está sobre a mesa é um complexo mínero-logístico que reúne uma jazida em Caetité (BA) com reservas estimadas em mais de 500 milhões de toneladas, um porto, em Ilhéus, e a construção dos 537 km do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1).
No setor, a avaliação é que o custo desse combo, R$ 20 bilhões, ficou pesado demais para o Eurasian Group carregar sozinho. A viabilidade econômico-financeira desse quebra-cabeças mineral e logístico depende da produção anual de aproximadamente 26 milhões de toneladas de minério de ferro, o que está previsto para 2026. Hoje, esse número ainda parece distante: a extração atual gira em torno de um milhão de toneladas/ano. Desde o ano passado, a Bamin vem mantendo conversações com o BNDES para um possível financiamento para a construção da Fiol – somente a ferrovia exigirá um desembolso de R$ 5 bilhões. O RR fez contatos com a Bamin e a Eurasian Resources Group, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. Vale e Cosan não quiseram se pronunciar sobre o assunto.

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